Projeto Kit MSX2++: Cancelado!

Parece uma piada de 1º de abril, mas não é!

Até bem pouco tempo, durante uma conversa com alguns usuários e membros da lista MSXBR, vimos que várias pessoas procuravam uma saída para por de volta “a vida” seus MSX1 (além dos Experts Plus e DDPlus) e foi daí que surgiu a ideia do projeto do Kit MSX2++. Depois de um e-mail que eu enviei para o Oazem para falar melhor sobre isso, e da bem sucedida “pesquisa de mercado” realizada, deu-se início o desenvolvimento do projeto. Mas em virtude do lançamento da Expert3, coisa que parecia improvável até então e inclusive um dos motivos pelo qual o projeto do MSX 2++ surgiu,  além do provável lançamento da Hotbit3, o Oazem achou melhor cancelar o projeto, já que não há motivo nem espaço num mercado tão restrito para dois produtos que têm praticamente o mesmo propósito. Se fosse a uns 20 anos atrás… quem sabe né?

Sendo assim, estou comunicando oficialmente que o projeto do Kit MSX2++ está CANCELADO.

“Brincando” com a V9990

Sábado chuvoso, já cumpri com as tarefas “de casa”, resolvi brincar um pouco com a V9990. Pra quem não conhece a V9990 é uma placa (ou cartucho se preferirem) com um “novo” processador de vídeo (VDP) para MSX. Fabricado pela Tecnobytes (Oazem) ela é compatível com a GFX9000. Esse VDP, segundo dizem, seria o processador de vídeo utilizado numa versão do TurboR que não chegou a ser lançada, o que é uma pena. Dá pra ver que ela tem “poder de fogo”, mas esbarra em alguns problemas. Eu estou usando por enquanto o GBasic que é compatível, ou seja, consegue utilizar seus novos recursos, ou quase isso… Infelizmente não chegaram a implementar completamente a parte de Sprites no GBasic, o que limita de certo modo o principal uso da V9990. Mas mesmo assim, resolvi testar suas qualidades. Existe ainda uma alternativa, que seria o Power Basic, que também é compatível com a V9990, mas ainda não tive oportunidade de experimentar.

Nos testes de hoje, peguei algumas imagens na WEB, fiz algumas alterações no Paint (isso mesmo paint! rsrs), com o MSXView gerei uma imagem no formato que o MSX entende, no caso usando Screen13, e o resto foi colocar a mão na massa, ou melhor, no teclado mesmo…

Depois de algumas horas, o resultado foi publicado nesses dois vídeos. Ainda falta o cenário atrás para dar ideia de movimento, mas pra algumas poucas horas de “trabalho” estou satisfeito. Fiquei impressionado com a velocidade da processador, já que estou usando o recurso de “copy” das imagens pra simular o efeito do sprite. Realmente animador. Imagine com sprites…

No primeiro vídeo o caminhão está sempre se mexendo e cada vez mais rápido ou mais devagar de acordo com a velocidade que vou atribuindo com a “seta pra cima” ou “seta pra baixo”. No segundo, resolvi implementar uma forma diferente, onde ele só mexe de vez em quando, como se passasse por alguma irregularidade, de forma aleatória, mas também com controle de velocidade nas teclas direcionais.

Quando parado, é possível acionar o canhão. Tive que fazer o quadro a quadro da traseira do caminhão abrindo e o canhão aparecendo. Esse canhão na verdade era uma bazuca de outro personagem que recortei e improvisei. Até que não ficou tão ruim. 😛

Bem, é isso.

Vamos ver no que vai dar essa brincadeira (se é que vai dar em alguma coisa)… sábados tranquilos assim são raros… sabe-se lá quando vou mexer nisso outra vez…

Abraços!

Plataformas “vintage”: Hardware x Software

Eu sempre leio em diversas listas e fóruns a mesma afirmação: “De hardware estamos bem servidos, o problema é software!!! Temos ciclano e beltrano, além das lojas x,y e z vendendo novos hardwares” (ou novas versões de hardwares antigos).

A pergunta é: Por que temos “tanta” disponibilidade de hardware e não de software (novos)? Pra mim é resposta é tão clara e óbvia que nem deveríamos fazer essa pergunta. Vamos tomar como exemplo a plataforma MSX:

Aqui mesmo no Brasil temos pelo menos dois conhecidos  fabricantes de hardware. O Ademir Carchano que acaba de relançar a placa Expert3 e o nosso amigo Ricardo Oazem, que entre muitas novidades, lançou a pouco tempo a IDE-MAPPER e a primeira placa de rede “assembled in Brazil” digamos assim. Isso pra falar de coisas recentes. O que eu acho curioso nessa história é que as pessoas acham justo (eu também acho, claro!) pagar pelos produtos desenvolvidos, testados, montados etc, etc, etc… Quanto se paga? Num cálculo rápido, acredito que a Expert 3 saia por volta de R$600,00. Justo? Acredito que sim. Mas será que alguém pagaria R$600 pra alguém que desenvolveu um jogo novo pra MSX??? DUVIDO!!!! Um jogo por 600 pratas??? Nunca! Nem jogo de Xbox360 ou PS3 custa isso tudo! Concordo, mas vamos lembrar que estamos falando de algumas centenas de usuários da plataforma “vintage” contra milhares de usuários dos novos consoles. Se o FIFA2012 tivesse uma estimativa de vendas de apenas centenas de usuários custaria uns 100 mil reais, ou não seria desenvolvido (obviamente). Mas voltando ao assunto. Será que alguém está disposto a estudar, desenvolver, testar, adaptar etc… etc… etc… só pra no final alguém dizer: Parabéns! Ficou legal (ou nem isso…)???? Será? Acho que não. Eu sou um dos loucos que está “brincando” de fazer joguinho aqui. Mas sem qualquer pretensão comercial, obviamente, apenas para distrair meus neurônios.

Não vejo muita solução pra isso. Há os que defendam o software livre, mas isso sinceramente não existe. O desenvolvedor sempre está recebendo de alguma forma, seja através de propaganda, patrocínio ou algo do gênero. É uma “filosofia” bacana, mas que no mundo dos micros “vintage” não vejo como dar certo. O público alvo é muito pequeno para gerar receita da forma que um software livre faz. Simplesmente não funciona.

Outro fato interessante e que muitas vezes não lembramos: O cara que saca de hardware, consegue praticamente sozinho, desenvolver o projeto e implementá-lo. Pode demorar um pouco mais, mas é completamente possível. Nesse casos estou tomando como base os feras que citei no início do Post. Num jogo, o cara tem que ter muita criatividade, saber trabalhar com softwares gráficos para desenhar personagens e cenários, precisa entender de som (alguém já viu algum jogo sem som?), além de programar e testar… testar muito! Dá pra uma pessoa sozinha fazer isso tudo? Sim dá. Mas não espere que o resultado saia rápido… Tenho visto trabalhos sensacionais de melhoria de games, como os updates realizados pelo FRS da lista MSX. São de tirar o chapéu! Vi também um protótipo de um game muito legal do Slotman durante a última MSXRio. Esse é outro cara fera.

Resumindo…

Pagamos o preço de vídeo-games de última geração por “placas de 8bits” (felizes da vida), mas estamos acostumados a não pagar pelos softwares e jogos seja lá de qual geração for…

Sony HB-F900 + HBI-F900 – Restauração – 6º Dia

Finalmente terminei a restauração do HBI-F900.

Na atual circunstância, posso dizer que ficou bom. Se eu tivesse mais tempo fabricaria uma nova tampa inferior e usaria massa de poliester na tampa superior. Acho que com isso ficaria muito bom. Mas tem muito trabalho pela frente ainda. O HB-F900 está esperando e mais um monte de outros à fazeres também.

Agora o HBI está montado e embalado. Espero que o Oazem consiga colocá-lo pra funcionar. É um equipamento muito interessante.

Finalmente as fotos do HBI montado.

Abraços!

Sony HB-F900 + HBI-F900 – Restauração – 3º, 4º e 5º Dias

Agora que o tempo esquentou (bastante por sinal) pude continuar a restauração.

Perdi praticamente dois dias refazendo coisas… O tempo estava frio e todo o trabalho foi em vão… A tinta “arrepiava” e eu tive que lixar e lixar várias vezes… Mas tudo bem.

Já consegui pintar todas as peças, mas sinceramente, a tampa ainda não está com eu gostaria. Ela estava muito judiada MESMO! Existem pelo menos cinco pontos que eu teria que fazer um tratamento melhor em termos de acabamento. Ainda vou ver se volto a mexer nela. Por enquanto vou dar como terminado o HBI, esperar a secagem e montá-lo. Se no final da restauração do Sony ainda sobrar um pouco de material eu volto a mexer na tampa. Pra ela ficar zerada vou precisar aplicar massa de poliéster, só que isso “acaba” com a textura natural da chapa, fica muito liso e pra ficar uniforme eu teria que aplicar em toda tampa… e isso não é aconselhável. Caso venha realmente a mexer nisso, vou tentar aplicar com o máximo de cuidado para tampar apenas os buracos. Vamos ver…

Vejam com está ficando… Abraços!

Quanta diferença! Essa aí é o que deu pra fazer… 😉

Não está 100%… mas já melhorou.

Plaquinhas estruturais prontas.

Tampa pronta, ou quase…

Laterais prontas.

 

 

Meu primeiro Hotbit – Parte 2

Como o tempo não tem ajudado muito o progresso na restauração do Sony (está fazendo frio e ventando à noite), hoje resolvi voltar a mexer no Hotbit. Ele já estava lingando, porém só funcionava sem o teclado plugado. Desmontar o Hotbit é brincadeira de criança. Já estava acostumado ao Expert, então esse agora é moleza.

Conforme eu ia desmontando, mais sujeira ia encontrando. Desmontei todo o teclado e mais sujeira… Me fez lembrar o Felix.

Lavei a parte superior do gabinete, a borracha que trabalha como se fora as molas das teclas,  além do próprio teclado. Enquanto eles secavam, iniciei os testes apenas com a placa do teclado. Primeiro testei a continuidade do chicote do teclado. Tudo estava ok. Verifiquei alguns sinais principais, conferi trilhas, tudo normal. Esgotadas as possibilidades de ter algum dano físico na placa, resolvi substituir a chavinha de proteção do slot. Bem, pra quem não sabe, o Expert, por exemplo, não funciona se o plugue dessa chave não estiver ligado à placa mãe.  Não custava nada testar, mesmo o micro tendo funcionado sem o teclado inteiro. Abri um Expert (ah não! de novo…) pra retirar uma chavinha de um dos slots e substituir a do Hotbit. Duas soldas pra cá, duas pra lá… e mais uma vez missão cumprida! O micro funcionou com o teclado plugado.

O próximo passo é desmontar o restante do micro, lavar (inclusive a placa principal) e remontar tudo pra fazer um teste mais completo.

Mais um MSX salvo!

Seguem as fotos…

Que sujeira!!!

Detalhe da borracha que faz o papel de mola para as teclas.

Placa do teclado. Está perfeita.

Teclado desmontado.

Micro funcionando. Led aceso! Tudo ok!

Foi só substituir essa chavinha aí!

Placa do teclado. Agora funcionando.

Próximo passo: Desmontar isso aí e lavar…

Teclado e tampa lavados!

Que diferença hein?

 

Sony HB-F900 + HBI-F900 – Restauração – 2º Dia

Nesse segundo dia, o que eu fiz basicamente foi acabar de lixar as peças, e aplicar o primer anti-ferrugem. Ele é praticamente um verniz e o objetivo principal é proteger a superfície de um novo ataque ferruginoso… 😀

Hoje pela manhã dei uma olhada no resultado. O primer ainda não estava completamente seco. Está fazendo frio a noite e isso está atrapalhando a secagem. Também não gostei muito da cobertura na tampa. Vou decidir o que fazer hoje quando chegar em casa. Ainda tenho que desamassar algumas partes da tampa. Ué, mas você passou o primer e ainda vai martelar a tampa? SIM! Com o primer aplicado fica mais fácil ver pequenas imperfeições. Depois de tudo acertado, aplica-se outra demão de primer antes da pintura. É… dá trabalho… mas vai ficar bom!

Vejam como está ficando…

Proteção anti-ferrugem aplicada na tampa.

As laterais também receberam tratamento.

Essa era a pior parte… Não vai ficar 100%, mas melhorou muito.

Nem os suportes do gabinete “escaparam”.

Todo o conjunto secando para a próxima etapa.

Meu primeiro Hotbit – Parte 1

Com o futuro lançamento do kit 2++ do Oazem, me animei em ter o meu primeiro Hotbit. Nunca havia pensado em ter um até agora, mas essa nova perspectiva me animou bastante. Comecei então uma pesquisa despretensiosa. Defini alguns critérios básicos para essa busca: O Hotbit deveria ser barato, não precisava ser necessariamente novo, e tinha que ser preto. Consegui achar no ML um com essas características, porém o vendedor afirmou que não tinha como testar pois estaria sem fonte. Achei esquisito. Pra mim ele estava com algum problema mesmo. De qualquer forma fechei negócio. O micro chegou ontem, a greve dos correios atrasou um pouco a entrega, mas também não estava com pressa. Chegou bem embalado, mas sem os parafusos da tampa e da fonte. Alguém tentou consertá-lo, sem dúvida. Antes de ligar, dei uma olhada geral. Muito sujo, porém em bom estado, dei uma limpada superficial, coloquei dois fusíveis novos na fonte e liguei. Nada. Sem imagem. Resolvi testar algumas coisas. Verifiquei se estava chegando os 127V, ok! Verifiquei se estavam chegando 12V, 5V -12V etc.. na placa e estava ok! Havia vestígios de terem tentado abrir a caixinha do modulador de RF / Saída de vídeo, mas sem sucesso. Peguei uma placa de 80 colunas que também chegou ontem pra ver se teria imagem. Soldei um conector RCA na placa (a placa de 80 colunas veio sem esse conector) mas ela também não funcionou. Resolvi testá-la no Felix. Também não funcionou. Não sei se estou fazendo algo errado, mas acredito que não tenha muito mistério para fazer a placa funcionar. Depois vou ver isso. Voltei pro Hotbit. Resolvi medir a voltagem na saída de vídeo. 4,5V! Opa… tem sinal ali. Dei uma boa lixada no conector, pluguei o cabo e liguei o bichinho. Show de bola! Funcionou. Pra finalizar, resolvi plugar a tampa pra testar o teclado. Mas quando eu fazia isso o micro não ligava. Já era tarde e resolvi parar por aqui. Mas pelo menos o bichinho está funcionando.

Vou tentar ver esse problema mais tarde. Seguem algumas fotos do Hotbit.

Abraços!

Meu primeiro Hotbit 😀

Estava muito sujo! Fonte desconectada. Sem fusível.

Trabalhando na sala pra fazer companhia pra patrôa… 😉

De volta à vida! Seguindo a tradição dos MSX indestrutíveis…